segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alcateia Campeã Carioca de 2010

A letra do Funk do Alcateia para vocês:

Entrada:

Batidão!

Oleeee Olaaa Somos o Alcateia e "viemo improvisá"... 3X

Somos do Alcateia e "viemo" pra jogar
E contamos com a platéia para nos prestigiar

Batidão!

Quem "tivé" junto com a gente, por favor levanta a mão
E vem cantar conosco o nosso refrão

Alcateeeeeeeia (Só no sapatinho)
Alcateeeeeeeia (Cuidado com o Dinho)
Alcateeeeeeeia

Tá tudo Improvisado YO!

sábado, 23 de outubro de 2010

Perder a voz mas ganhar as semifinais não tem preço.


Rio de Janeiro, sexta feira 22 de outubro de 2010.

Acordei às seis da manhã como de costume e fui para a escola onde dou aula o dia inteiro. Lá chegando coloquei minhas coisas na sala dos professores e lá se foram as 6 aulas da manhã. Saio para almoçar e retorno para o colégio onde preparo minhas aulas da tarde. Ao entrar na sala dos professores notei uma pilha de livros sobre a mesa. Sentei-me ao computador e mal percebi quando uma professora entrou e começou a manusear os livros para colocá-los nas estantes.
Em questão de segundos aquela sala fechada e com ar condicionado ligado foi infestada por milhares de ácaros agarrados à milenar poeira que saia daqueles livros. E eu devo ter inalado a todos. Após as primeiras aulas do turno da tarde eu fui perdendo a voz, à noite ela já era um fiapo.
E para valorizar ainda mais essa baita quebra da rotina, eu tinha um treino sexta a noite, um treino sábado de manhã com o Alcatéia, duas turmas de improvisação e.... Ah! A semifinal do Campeonato Carioca de Improvisação!!!!

Rio de Janeiro, sábado 23 de outubro de 2010.

Fiz o melhor que pude para tentar recuperar a minha voz a tempo, mas foi tudo em vão! Um misto de frustração e raiva foi tomando conta de mim, até que me encontrei com meus companheiros da Alcateia. Combinamos o revezamento de praxe, pois somos cinco e só podem ter quatro por jogo em campo. Decido por não começar jogando. Eu entraria após o primeiro jogo.
Começa a partida somos os primeiros a entrar, cantamos o Rap, que saiu meio nervoso no final. Eu saio de quadra, “Os Insetos” nossos adversários, adentram o campo, cantam seu hino e o Dinho sorteia o primeiro jogo: dublagem. Escolhidos os títulos, um time dubla o outro em uma cena. O juiz cênico, pode pontuar apenas uma equipe e dá o ponto para Os Insetos, o Juiz Técnico pode pontuar ambas as equipes, mas pontua apenas Os Insetos. No voto do público Os Insetos também ganham. 0 x 3!
Susana me procura na platéia e pergunta se eu quero entrar. Testo a voz e nada sai, declino o convite, mas morrendo de vontade de subir ao palco.
No segundo Jogo Cena Mista foi 2x0 para o Alcateia (foi isso né anônimo?). A partir daí naõ perdemos mais. Foi só gol de placa!
A quarta cena era “Plataforma Musical” o Alcatéia escuta a música e Alessandro entra compungido e o que se vê a partir daí é uma tragédia novelesca onde todos os atores entram imbuídos de verdade e propõem um fragmento de cena séria em 3 minutos.
Foram aplaudidíssimos, ganharam à partida.
O placar terminou em 10 x 6 (obrigado Anônimo) com o Alcateia classificado, após um duríssimo jogo, com adversários que realmente apresentaram um impro de primeira qualidade, para as finais de domingo dia 24 de Outubro, hoje, as 21h.
Obrigado Alessandro Valeryo, Ary Aguiar, Danilo Maroja, Susana Soares e Kastello. Espero que minha voz retorne. Até lá. (E também que a minha memória não falhe)

terça-feira, 19 de outubro de 2010

5 Motivos para participar do Campeonato Carioca de Improvisação.


Nos seis anos de Campeonato Carioca, participei ativamente de todos, seja como espectador, colaborador, Juiz técnico, apresentador ou treinador. Esse ano resolvi entrar como jogador.

É engraçado. Mas sempre que digo que estou num time ao lado ótimos improvisadores como Ary Aguiar, Alessandro Valeryo, Kastello, Danilo Maroja e Susana Soares, o interlocutor faz uma cara de espanto e diz: - Ahhhh assim não vale! É covardia!

Fico em dúvida: - Será uma ironia?

Então me lembro que muitos improvisadores que estão atualmente na cena Carioca ou até mesmo estudando o Impro aqui no Rio, já passaram pelo Campeonato. Alguns dos que pisaram no palco da Sede da Cia de Teatro Contemporâneo, e um dia levantaram o troféu, nunca mais aqui retornaram.

Este ano a Cia resgatou alguns dos vitoriosos integrantes dos Improvinsanos, Alberto Goyena (Betão), Bernardo Sardinha, Carlos Limp (Carlinhos), e Pedro Ribamar colocando-os como excelente Juízes Técnicos. Todos muito cientes da técnica e da importância do Juiz, como formador de platéia consciente do jogo de cena que ocorre no Impro. E Também resgatou como juiz o talentoso improvisador Fábio Nunes, que foi campeão de umas das primeiras edições do campeonato junto com Tata Werneck.
Apesar de todos serem ótimos juízes acho que essa galera toda seria muito melhor aproveitada nos palcos jogando! Existe uma premissa do Impro que diz que devemos valorizar as ofertas colocadas em cena para que elas se tornem melhores. Não seria o Campeonato uma oferta?

Então comecei a pensar em 5 bons motivos (entre tantos) para eu participar do Campeonato como jogador:

1 - Pelo prazer de estar no palco jogando, sem isso nada do que eu disser depois vai valer!

2 - A participação de improvisadores mais experientes no campeonato faz com que se aumente o nível do espetáculo.

3 - A plateia vai ver mais gente jogando impro de alto nível. A tão falada formação de plateia para impro, que é diferente da plateia de um show de comedia.

4 - Os jogadores dos demais times vão sentir mais estímulo para estudar a técnica.

5 - Afinal no Brasileirão os times serão profissionais: os 4 de São Paulo estudam Impro ha um bom tempo e 3 deles possuem shows próprios, assim como a galera do Paraná. Os jogadores de Minas tiraram quarto lugar no Mundial do Chile!

Isso sem contar no intercâmbio de idéias e na divulgação do Impro que é promovida pela Cia de Teatro Contemporâneo durante os dias de Campeonato.

Mas acho que isso vai mudar aos poucos. Na minha chave esse ano, todas as equipes possuíam ótimos improvisadores, porém muito inexperientes. Mas percebo em todos eles aquele brilho no olhar e aquela vontade de acreditar que uma cena improvisada pode ser perfeita, se houver generosidade, escuta e treino.

Torço para que todos eles voltem para o VII Campeonato mais maduros, assim como espero também a volta dos improvisadores mais experientes, para que possamos fazer jogadas inesquecíveis no palco.

Reafirmo que o impro é um movimento teatral importante que depende da união e do intercâmbio entre os interessados (que ainda não são tantos assim)para que seja mais divulgado e possamos sair do gueto.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Profissionais x peladeiros


Esta semana no Campeonato Carioca de Improvisação o Alcateia aplicou uma goleada em um time de novatas, formado apenas por meninas. O Alcateia jogou o fino nesse dia. Mas a goleada ocorreu também porque o grupo das meninas era muito fraquinho. Elas nunca treinaram impro, já haviam participado de concursos de esquetes e acharam que dava para "improvisar" histórias...

Afinal todos que vêem o Impro na TV ou no Youtube acham que a coisa é fácil e não precisa estudar... Ledo engano!

Me lembro uma vez que o Fluminense estava para ser rebaixado e seu time estava muito ruim mesmo. Resolveram fazer uma disputa dos "artistas peladeiros" contra o péssimo time do Fluminense. Obviamente os profissionais meteram uma goleada nos peladeiros, deixando muito claro a abismal diferença que existia entre os times.

Conversando com o Omar Argentino ele me fez uma comparação muito legal com o futebol. Existem os profissionais do esporte e os "peladeiros" de plantão. A diferença é que o profissional dedica tempo treinando e se aperfeiçoando, enquanto que os "peladeiros" se reunem apenas para jogar nos fins de semana.
Acho que no impro acontece o mesmo: existem os profissionais e os peladeiros...

Omar Argentino, um baita profissional do Impro, esteve aqui no Rio agora em outubro. Ele é um cara muito bacana e um profissional de inquestionável competência e dedicação. Fiz duas oficinas com ele e assisti o seu solo. Acabamos nos tornando amigos. O solo dele é uma experiência única e acho muito difícil mesmo de se fazer algo parecido. O jeito dele atuar e contar uma história é uma experiência pessoal, única e intransferível. Mas me inspirou em buscar formatos mais longos e ousar buscar uma atuação mais realista na improvisação.

Espero realmente que se formem centenas de times de "peladeiros" de Impro, pois certamente, alguns desses peladeiros sentirão a necessidade de se aperfeiçoar e assim veremos surgir novos profissionais com novas técnicas e espetáculos tão impressionantes como o do querido Omar Argentino