domingo, 20 de dezembro de 2009

Vila Velha


















A viagem a Vila Velha foi ótima. Nos renderam duas apresentações no Teatro Municipal de Vila Velha e um workshop de Impro de dois dias.




Isso sem falar no contato que tivemos com as pessoas maravilhosas que não mediram esforços para que nos divertíssemos por lá.




Esperamos voltar em breve.
















quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Cavalheirismo e Improvisação




Gostaria de dedicar esta postagem aos meus amigos dos Improsêniors (Riba, Ary Aguiar e Rodrigo Amem). Foram os Campeões do IV Campeonato Carioca de Improvisação, dando um exemplo primoroso do que é ser Cavalheiro!


Parabéns rapaziada.




Cavalheirismo e os Cavaleiros da Improvisação

Por Tom Tollenare


“Cavalheirismo é a crença e a prática dos Nobres Cavaleiros da idade média e também os atuais. Cavalheirismo é um código de éticas utilizadas por nobres donos de terra e /ou Cavaleiros, influenciados pela Cristandade. O Cavalheiro era leal, cortês, protetor, gentil e honrado com todos, incluindo os inimigos. Cavaleiros buscavam reconhecimento e glória, mas não de forma egoísta; reconhecimento e glória para sua dama e seu rei em primeiro lugar”

- Juramento dos Cavaleiros


Nosso vocabulário


Eu acho que qualquer improvisador ou treinador de improviso irá concordar que um bom jogador de teatroesporte / Impro é - entre “outras coisas” – um jogador que é bom pra se ter como companheiro, pois é divertido jogar com ele. Nós todos conhecemos toneladas de exercícios para treinar jogadores nessas “outras coisas”: aceitação, ofertas, avançar histórias, construção de personagens, “tilt” e “status”, mas nós ensinamos os jogadores a serem legais de se jogar? Utilizamos um vocabulário que inclui termos como aceitação, reincorporação, levantar as estacas, “tiltar”, cafetinar, pisar-na jaca, que seja, mas nós temos uma palavra para definir um cara legal para jogar no seu time? Eu acredito que essa palavra possa ser “Cavalheirismo”.


O que é ser um “cara legal para se jogar”?


Nós queremos jogadores que sintam prazer de estar jogando uns com os outros. Pense nos jogadores com quem você gosta de jogar e o que os torna bons companheiros de jogo. Você provavelmente virá com coisas como:


  • Ele faz boas ofertas
  • Ele aceita e constrói sobre minhas ofertas
  • Ele me faz me sentir bem em cena
  • Ele me diverte em cena

Agora pense naqueles jogadores com quem você não gosta de jogar. Porque isso acontece? As possíveis razões podem ser:

  • Ela gosta de aparecer demais.
  • Ele acaba com a história.
  • Ele não está escutando.
  • Ele sempre faz a mesma coisa
  • Ele nunca deixa de lado suas próprias idéias.
  • Ela sempre sobrecarrega a cena.
  • Sua oferta é sempre absurda.

Se você olhar para a lista de maus comportamentos, você verá um tema majoritário emergindo: o egoísmo. Isto é o oposto do Cavalheirismo, de acordo com a definição no início desse artigo. Então, para nos livrarmos do egoísmo, precisamos ensinar Cavalheirismo!


Como ensinar Cavalheirismo?


Temos que ensinar aos nossos companheiros de jogo o que nós não gostamos. Agora, desde que somos todos treinados a aceitar qualquer coisa, esta proposição é maliciosa. Também, dizer que não gostamos de algo que outro jogador faz, não é muito engraçado, ele podem não gostar de nossa opinião, pode magoar pessoas e até mesmo causar um racha no grupo.


Mas por outro lado, será que acreditamos que Felipe Massa não se magoa quando está treinando para uma corrida? Acreditamos que os joelhos do Ronaldinho não doem após um longo dia se preparando para um jogo decisivo? Nós estamos treinando para aprender algo, para nos tornarmos melhores, não para ouvir dos outros o quão bons nós somos. Ninguém aprendeu a andar de bicicleta sem nunca cair.


Vamos ver agora como podemos ensinar isto sem magoar tanto os orgulhos e egos.


Tiroteio


Eu gosto de jogar tiroteio nos treinos. Todos os jogadores em um círculo então eu digo a eles que cada um tem dois revólveres. Quando eu gritar o nome de alguém essa pessoa tem que se abaixar o mais rápido possível enquanto os seus dois vizinhos tentam atirar nela. Se ela for rápida o suficiente, aquele que atirar primeiro mata o outro vizinho. Se ela não for rápida o suficiente, ela morre.

Se você tentar fazer este jogo apenas com essas instruções, você terá um tiro, e depois verá três jogadores em um debate para saber quem atirou primeiro. Talvez após um segundo ou mais, um deles dará o braço a torcer e começará a morrer.


Afinal ninguém gosta de morrer.


Depois eu mudo as regras. Para cada tiro, pelo menos um dos jogadores precisa morrer. Eu digo que eles devem considerar morrer parte da diversão. E por que eles não morreriam – é um jogo? Eu digo que se eles tiverem qualquer dúvida, que eles devem morrer. Isto é Cavalheirismo – oferecer sua vida para seus companheiros jogadores, assim como um Cavaleiro iria, com prazer, morrer por seu Rei. Tente o jogo outra vez e provavelmente verá que as coisas acontecem bem mais rapidamente. Talvez os três envolvidos em um tiroteio irão morrer instantaneamente, e isto irá evocar risos. Certamente, um deles atirou primeiro, mas quem realmente se importa com isso? É um jogo! Para os Cavaleiros medievais, Cavalheirismo era um jogo de vida e morte, para nós é apenas um jogo, então certamente somos capazes de dominar o Cavalheirismo, não?


É nobre morrer por seus parceiros. Realmente dispor da sua vida pode ser até divertido, como um Cavaleiro medieval faria por seu Rei, porém, oferecer sua vida em um jogo deve ser muito mais fácil. Morrer em cena por seu companheiro pode ser tãodivertido quanto sair da cena (ou não entrar nela), ou desistir de suas próprias idéias. Um jogador que percebe isso, torna-se o melhor parceiro para um jogo.


O Fracasso só existe em nossas cabeças


Quando fomos apresentados ao impro nós costumávamos jogar jogos de associações. O treinador dizia que qualquer coisa que você pensar após escutar seu companheiro era OK. Exceto que ele não queria escutar uma palavra que já tenha sido falada antes. Agora como poderia qualquer palavra ser OK? Atitudes como essa instigam a falha em seus jogadores, adicionam stress, e apenas levam a um estado de frustração pessoal (Porcaria estou pensando em banana de novo. Bananas são ruins. Tenho que pensar em outra coisa. Sou tão sem inspiração. Pense. Pense! Deu branco).


Tente isso: sente-se em silêncio, deixe sua mente vagar, mas internamente, para si mesmo, nomeie tudo que passa por sua cabeça. Você provavelmente achará que em alguns momento você acha que não está pensando sobre coisas interessantes, ou que seus pensamentos se resumem a (Por exemplo) ovelhas, nada além de ovelhas, e que isso não é bom o suficiente. Quem está brincando aqui? São somente seus pensamentos e você não está nem dizendo a ninguém o que você está pensando. Muitos de nós se auto-censuram, como se nossas idéias, deixadas vagando por si só, não são suficientemente interessantes.


Dizendo não


Todos nós sabemos que ofertas devem ser aceitas. Mas nos treinos, se tudo for aceito, como nós iremos aprender? Aqui estão 2 exercícios nos quais vamos aprender a dizer não para aprender o que é ser legal para se jogar.


Sim Vamos – ou Não


Todos no palco. Um jogador faz uma sugestão (Ex.) “Estamos em uma praia”. Todos que sentirem que isso pode ser divertido grita “Sim” e o jogo começa em uma praia. Qualquer um que não se sentir feliz sobre esta sugestão, deve deixar o palco. Então outro jogador sugere algo: “vamos procurar uma baleia”. Novamente todos concordam felizes ou saem. Quando o próximo jogador sugere, “Vamos ser atropelados por um ônibus” todos irão provavelmente sair.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Dicionário de Improvisês




Como sabemos existem vários sites que tratam de improvisação, falando de jogos e técnicas, porém, pouquíssimos são em português. A Maioria é em inglês, espanhol ou francês. Tenho trabalhado na tradução de algum material disponível na rede.

Por isso resolvi lançar no Blog Alcateia a seção "Dicionário de Improvisês" onde colocarei os textos por mim traduzidos para avaliação e discussão

Então vamos começar com o básico:

Glossário de Termos do Impro

Temos a seguir uma lista de termos utilizados no ensino e na discussão do teatro de Improviso. Decidi manter o original em inglês e colocar sua tradução para o português em parênteses. Aloguns nomes em português são de minha criação e podem ser modificados de acordo com o gosto do freguês. Comentem por favor!


Accepting (Aceitação)

Embracing the offers made by other performers in order to advance the scene. (Abraçar as ofertas feitas pelos outros jogadores para que a cena avance)


Advancing (Adiantar)

The process of moving the scene forwards. (O processo de conduzir a história da cena adiante)


Ask-for (Pedido)

The question asked of the audience in order to start a scene. (A pergunta/pedido feita à platéia afim de que se comece uma cena.)


Beat (Batida)

A unit of action in a scene. A scene is made up of a series of beats. (Unidade de ação em uma cena. Uma cena é constituída de uma série de batidas.)


Blocking (Bloqueio)

Rejecting information or ideas offered by another player. One of the most common problems experienced by new improvisors. (Rejeitar informação ou idéias oferecidas por outro jogador. Um dos problemas mais comuns para improvisadores que estão começando.)


Breaking the routine (Quebra da rotina)

Interrupting an action with another action in order to advance the scene. (Interrupção de uma ação com outra ação, afim de adiantar a cena)


Cancelling (Cancelamento)

Making previous action irrelevant. Once an action has been cancelled, it's as if it hadn't happened at all. Usually a bad idea. (Realizar ações prévias irrelevantes para a cena. Uma vez que uma ação é cancelada, é como se ela não existisse. Normalmente uma má idéia.)


Charm (Charme)

The quality that makes an audience enjoy watching a performer. (A qualidade que faz a platéia se deleitar com a performance de um jogador)


Commenting (Comentar)

Stepping out of the reality of the scene by saying or doing something that refers to the fact that it's a scene being played. Also refers to "playing" an emotion rather than feeling it. Should be avoided, though used sparingly it can sometimes be effective. (Sair da realidade da cena, dizendo ou fazendo coisas que se referem ao fato de que uma cena está sendo representada. Também quando um ator “finge” uma emoção no lugar de realmente senti-la. Deve ser evitado, se bem que utilizado eventualmente, pode as vezes ser efetivo)


Complementary offer (Oferta Complementar)

An offer that meshes well with what's already gone before (and usually enhances it in some way). (Uma oferta que combina bem com o que já foi oferecido antes {e normalmente valoriza de alguma forma a oferta anterior))


Conflict (Conflito)

Many (but not all!) scenes are about a conflict of some sort. If there's no conflict, the scene may still be truthful but somewhat dull. (muitas (mas não todas) as cenas são sobre algum tipo de conflito. Se não há conflito a cena poderá ser crível mas será um tanto boba)


Context (Contexto)

The broader setting for the scene (political, social, etc). ( O contexto (literalmente falando) em que a cena se enquadra (político, social, etc.))


Corpse (Corpo)

To break up laughing while playing a scene. Usually not a good thing to do. (Desandar a rir enquanto joga uma cena. Normalmente não é algo bom de se fazer.)


Denial (Negar)

See "blocking". (Veja “Bloquear)


Driving (Dirigir/Direcionar)

Taking over a scene and not letting other performers influence its direction. Makes you an unpopular improvisor. (Tomar a cena e não deixar que seus colegas influenciem sua direção. Te transforma em um improvisador pouco popular.)


Endowing (Atribuir)

Assigning attributes to another performer's character. (Passar atributos/características para o personagem do outro jogador)


Explore and heighten (Explorar e ampliar)

To take an idea and see where it leads, exploring its natrual consequences while simultaneously raising the stakes. (Pegar uma idéia e ver aonde vai dar, explorando suas conseqüências naturais, enquanto que simultaneamente se estabelece a plataforma)


Extending (Ampliação)

Taking an idea and letting it become the central theme of the scene. (Pegar uma idéia e torná-la o tema central da cena)


Focus (Foco)

The audience's attention should only be in one place at any given time; that place (or person) is the "focus" of the scene. If more than one thing is going on simultaneously, the focus is split. Experienced improvisors will smoothly share focus, less experienced improvisors often steal or reject focus. (A atenção da platéia deve estar em um lugar por vez; este lugar (ou pessoa) é o “foco” da cena. Se mais de uma coisa está acontecendo simultaneamente, o foco se divide. Improvisadores experientes realizam suaves trocas de foco, os menos experientes freqüentemente roubam ou rejeitam o foco.).


Gagging (Piadinhas)

Trying to make a joke or do something funny that doesn't flow naturally from the scene. Always a bad idea. (Tentar fazer piadas ou fazer algo engraçado que não flui naturalmente da cena. Normalmente uma má idéia)


Gibberish (Gromeloo)

A nonsense language. (Uma língua sem sentido)


Gossip (Solilóquio)

Talking about things instead of doing them. Also, talking about things that are offstage or in the past or future. (Falar sobre as coisas no lugar de fazê-las. Também falar sobre coisas que não estão no palco, ou que se encontram no passado ou no futuro.)


Handle (Regras)

The premise for a scene or game. (A premissa para uma cena ou um jogo)


Hedging (Conversa-mole)

Making smalltalk instead of engaging in action. (Conversar sobre o que poderiam fazer, no lugar de engajar na ação)


Information overload (Excesso de informação)

Introducing too much information into the scene, making it difficult or impossible to ever find a satisfying ending that resolves everything. (Colocar muitas informações em uma cena, tornando difícil ou impossível de encontrar qualquer final satisfatório que resolva tudo.)


Instant trouble (Problema instantâneo)

Making an offer that introduces a problem or conflict but that doesn't relate to the narrative of the scene prior to that point (see "Offer from space"). ( Fazer uma oferta que introduz um problema ou conflito, mas que não se relaciona com a narrativa da cena que vinha acontecendo até então.)


Interactive Theatre (Teatro Interativo)

Any form of theatre in which the audience is not a passive performer. Encompasses a range of different styles, ranging from "spot" improv to loosely-scripted stories such as murder mysteries or faux events (e.g. Tony and Tina's Wedding). (Qualquer forma de teatro no qual o espectador não é passivo. Inclui uma larga faixa de diferentes estilos que vão desde “cenas rápidas” até histórias longas como a de um mistério de um assassinato.)


Masking (Esconder-se)

Standing in a place where you can't be seen properly, or in such a way that you're hiding someone else or some important action. Should be avoided. (Ficar em um lugar onde você não pode ser visto direito pela platéia, ou de alguma forma esconder algo importante para a ação. Deve ser evitado)


Mugging (Caretas)

Making silly faces instead of reacting truthfully. Generally frowned upon. (Fazer caras engraçadas no lugar de reagir com verdade. Geralmente desaprovado)


Naming (Especificar)

Identifying characters, objects, places and so forth in the scene. (Identificar personagens, objetos, lugares e tudo mais em uma cena.)


Narrative (Narrativa)

The story told by a scene. Scenes should have a clear beginning, middle and end. (A história contada por uma cena. As cenas devem ter começo, meio e fim)


Objective (Objetivo)

The thing that a character in a scene is trying to achieve. (Aquilo que um personagem em uma cena está tentando conquistar)


Offer (Oferta)

Any dialog or action which advances the scene. Offers should be accepted. (Qualquer diálogo ou ação que avance com a cena. Ofertas devem ser aceitas)


Offer from space (Oferta do espaço)

Dialog or action that is bizarre and that appears to come from nowhere. (Diálogo ou ação que é bizarra e parece ter vindo de lugar nenhum)


Physicalization (Fisicalização)

Turning intent into action and movement. (Tornar a intenção em ação e movimento)


Point of Concentration (Ponto de Concentração)

What the scene is about. (Do que a cena trata)


Post-show ( Reunião de fechamento)

Discussion of the show by the performers and crew after the performance, in order to identify problem areas that may have arisen as well as things that worked particularly well. (Discussão da apresentação pelos jogadores e a equipe depois da performance, afim de identificar áreas problemáticas que podem ter surgido, bem como as coisas que funcionaram particularmente bem.)


Plateau (Barriga)

A period during which a scene is not advancing. Usually a bad thing. (Período de duração em que uma não está avançando. Normalmente uma coisa ruim.)


Platform (Plataforma)

The who, what and where of a scene. The success of a scene often depends on having a solid platform. (O quem, onde e como da cena. O sucesso de uma cena freqüentemente depende de uma plataforma sólida).


Playlist (Lista de jogo)

The list of handles and/or ask-fors to be used in a show. Also called a "running order". (Lista de jogos, ou perguntas que serão usadas em uma apresentação, também chamada de “Ordem de corrida”.)


Pimping (Cafetinagem)

Playfully getting another performer to do something difficult or unpleasant which you probably wouldn't do yourself. Used sparingly, can be quite entertaining. Best strategry is to choose things the other performer does well. (Cordialmente assinalar outro jogador para fazer algo difícil ou desagradável para você fazer. Um “doublê” em algumas cenas pode ser muito interessante. A melhor estratégia é escolher coisas que o outro ator faz muito bem.)


Raising the stakes (Levantando as bases)

Making the events of the scene have greater consequences for the characters. One technique for advancing. (Criar os eventos da cena que terão grandes consequências para os personagens. Uma técnica para avançar com a história.)


Reincorporation (Reincorporação)

Bringing back an idea from earlier in the scene, or from a previous scene in the show, or even from a previous performance. Stand-up comedians refer to this as a "callback". Always fun, but not something to over-do. (Trazer de volta uma idéia colocada anteriormente na cena, ou de uma cena anterior do show, ou ainda de uma outra performance. Os comediantes de “Stand Up Comedy” chamam isso de “callback”. Sempre divertido, mas não é algo para se exagerar.)


Running order (Ordem corrida)

See "Playlist". (Veja “Lista de Jogo”)


Setup (Apresentação)

Explaining the handle of the scene to the audience before the scene starts. Also involves doing an ask-for. The performer who does the setup usually shouldn't start off on stage in the scene. (Explicar as regras da cena para a audiência antes da cena começar. Também envolve fazer um jogo de perguntas com a platéia. O ator que apresenta o jogo, normalmente não participa da cena).


Shelving (Arquivar)

Acknowledging an offer but not doing anything with it, with the intent of using it later. Of course, later never comes. (Receber a oferta e não fazer nada com ela, com o intento de usá-la mais tarde. Claro, o mais tarde nunca vem.)


Space-object (Objeto virtual)

An object that's used in the scene but which doesn't really exist. A mimed object. In general, anything that doesn't support weight (like a chair) should be a space object. (Um objeto que é usado na cena, mas que não existe realmente. Um objeto criado por mímica. Em geral, qualquer coisa que não suportaria peso (como uma cadeira) poderá ser um objeto vitual)


Status (Status)

A character's sense of self-worth. Many scenes are built around status transfers, in which one character's status drops while another's rises. Physical environments and objects also have status. (A sensação de poder que um personagem evoca. Muitas cenas são construídas através de transferência de Status, onde o status de um personagem diminui, enquanto que o status do outro aumenta. O ambiente físico e os objetos também têm status.)


Stepping out (Pisando na Jaca)

Breaking the reality of the scene. See "Commenting". (Traindo a veracidade da cena. Veja “Comentários”.)


Synthesis (Síntese)

Combining two dissimilar ideas into one, such as hearing two suggestions from the audience and combining them into a single idea that gets used in the scene. Can be fun. (Combinar duas idéias díspares em uma só, como ouvir duas idéias da platéia e combiná-las em uma única idéia, que será usada na cena.)


Talking heads (Papo-cabeção)

A scene that involves a lot of standing (or worse yet, sitting) around talking rather than engaging in physical action. (Uma cena que envolve um montão de tempo parado em pé (ou ainda pior, sentado) conversando no lugar de tomar alguma atitude física.)


Transformation (Transformação)

Turning something into something else (one character into another, one object into another, one environment into another). (Transformar uma coisa em outra. (um personagem em outro, um objeto em outro, um ambiente em outro.))


Tummeling (Tumultuando)

Bantering with the audience during setups. (Conversando com a platéia durante a apresentação)


Uber-mime (Mega-mímica)

Overly elaborate mime that's so detailed as to be hard to follow. (Uma mímica tão elaborada que é difícil de ser entendida)


Waffling (Embananar-se)

Failing to make decisions. Talking about what you're going to do instead of doing it. (Falhar em tomar decisões. Falar o que vai fazer no lugar de fazê-lo)


Walk-on (or Walk-through) (Entrada rápida)

The act of entering a scene, making a strong offer that advances the scene, and then exiting. Use sparingly. (O ato de entrar em uma cena, fazendo uma forte oferta que adianta a história e depois sair. Use à vontade.)


Wanking (Masturbação)

Doing something cute and silly that makes the audience laugh but doesn't do anything to advance the scene. Very annoying for the other improvisors. (Fazer alguma gracinha idiota que faz a platéia rir mas não ajuda em nada ao avanço da cena. Muito chato para os demais improvisadores.)


Wimping (Pipocar)

Accepting an offer but failing to act on it. (Aceitar a oferta mas falhar em atuar com ela)


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Alô Vila Velha - ES.

O Alcateia está chegando por aí. Nossa produtora e atriz/improvisadora Fabiola Mozine já chegou em Vila Velha para preparar o terreno. Nos dias 12 e 13 de Dezembro chega o resto do elenco com o espetáculo TV Lobo, onde os improvisadores criam cenas na hora afim de simular a grade de um programa de TV com tudo que tem direito: game show, novelas, seriados, comerciais e jornalismo. Isso resulta em momentos de muito riso e emoção.
Além do espetáculo, estaremos promovendo uma oficina de improvisação, onde trabalharemos as bases do método criado por Keith Johnstone, ressaltando sua influência e similaridade em outros trabalhos de improvisação como os de Viola Spolin, Boal, "Who´s Line is it Anyway" , Charna Halpern e Del Close.
Portanto estamos esperando você de Vila Velha e grande Vitória para se divertir conosco nesse dia 12 e 13 (Sábado e domingo) no Teatro Municipal de Vila Velha com o espetáculo TV LOBO de Improvisação as 20 horas.
E inscreva-se em nossa oficina dias 12 e 13 de dezembro das 14 as 16 horas, também no Teatro Municipal de Vila Velha.
Aguardo vocês por lá.

Flávio Lobo

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Alcateia na final do Brasileirão

A rodada final do V Campeonato Carioca de Improvisação - Série Brasileirão foi disputada neste último fim de semana na Sede da Cia de Teatro Contemporâneo em Botafogo - RJ. Seis times estavam na disputa. Na Sexta jogaram O Outro Grupo, Imprópria Cia Teatral (SP na idéia MG no coração) e Queda Livre. No Sábado jogaram Os Japoneses, Anônimos da Silva (Brasília) e Improssíveis.

A decisão era por pontos corridos que eram dados após as cenas pelo Juiz Técnico Ivan Fernandes - o juiz mais canalha do Impro, pelo Juiz Cênico - papel revezado pela atriz Silvia Carvalho, o ator Flávio Siqueira e a diretora Regiana Antonini (Um para cada dia) e pelo voto da platéia, que lotava as dependências da sede e participava ativamente do espetáculo, principalmente torcendo e xingando o juiz Ivan..
Dos seis times que disputaram a semifinal apenas quatro passaram para a grande final de Domingo: Anônimos da Silva, Imprópria Cia Teatral, O outro Grupo e Os Japoneses. Os dois últimos formados por integrantes do Grupo Alcateia de Improvisação.

O Alcateia disputou a terceira e a quarta posição. Os Japoneses foram os campeões desta disputa interna que rendeu várias cenas hiláriantes.
A decisão de primeiro e segundo lugares ficou entre o pessoal do Anônimos da Silva de Brasília X a turma da Imprópria Cia Teatral (galera de Minas que invadiu Sampa) O Jogo foi duríssimo e disputado ponto a ponto , com cenas fantásticas. Quem levou o troféu foi a Imprópria, que criou uma cena espetácular, onde o improvisador Leonardo Breda surpreendeu, com uma interpretação impressionante de uma tartaruga em uma corrida.

O saldo de 2009 foi extremamente positivo para o Alcateia que emplacou o primeiro e o segundo lugar do Campeonato Carioca e o terceiro e quarto lugar do Brasileirão. O melhor de tudo, no entanto, foi o intercâmbio de idéias e os amigos que fizemos pricipalmente com a galera do Imprópria e o Edinho do Anônimos que, com certeza deu um upgrade em nossa maneira de pensar o Impro (ou a Impro)