Não sei se já falei aqui antes, existem algumas frases do universo do impro, que são muito esclarecedoras: "Don't do improv, let improv do you." (Não faça improviso, deixe o improviso fazer você") é uma das melhores. Resume exatamente o que vivenciei neste domingo ao jogar com o Tec da Diretora - Improvisadora Ana Ribeiro.
O Impro é realizado em uma sala alternativa, de 40 lugares, ornada com máscaras e apetrechos que são usados nas cenas, que está sempre lotada por uma platéia ávida por diversão pura e simples. São pessoas de diversas procedências e status sociais dos subúrbios do Rio. Compradores do Norte Shopping que são laçados pela lábia, simpatia e a espontâneidade dos atores-Improvisadores que panfletam na porta do suntuoso Teatro Miguel Falabella convidando-os para uma tal de "Batalha do Saara" uma batalha de cenas improvisadas.
Nesse Domingo 14 de novembro estávamos lá no camarim eu, o casal Fofo, Tiago Conte, Maíra Guarabira e Maira Holzbach aquela ansiedade que dá friozinho na barriga começa a rolar, o público entra, mas rola uma quebra da rotina! Ana Ribeiro não estava lá!! Ela que apresenta... Vamos esperar um pouco, ponderamos. Até que Tiago Conte toma frente e diz para entrarmos em cena, quando Ana chegasse ela tomaria as rédeas. Maíra entrou, apresentou os atores para a platéia e propôs os jogos de aquecimento. O primeiro - "Na Forma de" - onde os jogadores formam cenários um a um - puxou risadas tímidas. O segundo, "Jogo da Corrente" empolgou um pouco mais e foi editado no momento certo por Ana Ribeiro que tinha ficado presa fora do Teatro, até aquele exato momento, quando entrou na sala apitando.
Impressionante como Ana Ribeiro colocou a platéia na mão ao apresentar a estrutura dos jogos e definir os times com um bom ritimo e muito bom humor. Logo estávamos todos nos divertindo, como se estivéssemos em uma festa em um grande apartamento em jogos clássicos como "História em um minuto" - "Jogo do alfabeto" - "Jogo das frases" terminando com uma novela Mexicana hilária. A plateia vota na melhor estória mas a Ana também vota e o placar é muito louco pois o critério de Ana Ribeiro é digno do nonsense de um Chacrinha, fazendo com que a competição não importe muito, o que importa é divertir e provocar o público, que fica em dúvida se deve protestar ou aceitar tudo. Mas sem dúvida rieem muito, e se divertem e participam e saem de lá satisfeitos com a festa, assim como os atores que também saem felizes e divertidos com as loucas histórias que lá foram encenadas.
Enfim uma fórmula de impro despretensioso e que cria simpatia ao movimento e apresenta uma idéia divertida, irreverente e encantadora de impro. Uma Companhia que trabalha com o coração, se diverte com o que faz e forma um público que vai levar ótimas lembranças daquelas histórias engraçadas encenadas por aquele bando de intrépidos atores improvisadores.
Esses estão sendo forjados pelo Impro.
Vida Longa ao Impro - Vida Longa ao TEC!
show!!! parabéns... pena eu estar tao longe em exílio em Nova Friburgo... senao eu já estaria na platéia fácil, ou quem sabe, improvisando tb rsrsrs beijao
ResponderExcluirWilma Helena Anselmann