Quatro regras básicas que você precisa conhecer para estar no paraíso do Impro...
(Artigo retirado do site http://www.ouimprov.com/print_media.html)
Existem regras para tudo, e especialmente na vida, existem exceções para todas as coisas, e como eu digo a todos os jogadores que treino, cada regra que lhes apresento, pode ser eventualmente quebrada. MAS, dito isso, existem algumas regras que um improvisador deve seguir para garantir o sucesso de suas cenas todas às vezes. Mesmo sabendo que elas podem eventualmente ser quebradas, mantenha o espírito dessas regras sempre intacto em seu coração. Fazendo isto, eu prometo que suas cenas vão melhorar e apresentar resultados mais ricos
1. Sempre comece cada cena com mímicas. A primeira pessoa que entra em cena deve criar o ambiente através da mímica.
A mímica cria o ambiente e o contexto onde o personagem se insere. Ela diz se o personagem está com fome, sozinho, feliz, triste. Ela diz onde ele/ela está e de onde veio. Existem muitas coisas que você pode demonstrar, simplesmente abrindo uma porta de geladeira e tirando de dentro alguma lata ou qualquer outra coisa, o que nos leva à regra de número 2...
2. Não descreva com palavras a ação que vc está fazendo. Nunca, de jeito nenhum, nem que a vaca tussa!
Falar sobre a ação não conduz a lugar nenhum e não tem nenhuma importância para a cena em si. Você pode falar sobre o que está na sua mão, mas não precisa dizer a ninguém o que voce está fazendo. Deixe que os outros descubram através da sua mímica. Isso adiciona também uma maior complexidade às relações entre os atores no palco. Nunca diga a ninguém que vc está pintando uma cerca, apenas realize a ação. A platéia irá adorar perceber qual é a ação que está acontecendo em cena, sem ser tratada como um bando de idiotas. Faça-os parecerem gênios e eles o amarão.
3. Não pergunte. Transforme as perguntas em afirmações e leve a cena para frente.
Perguntas são desnecessárias e criam momentos de transição na cena. Perguntas sempre animam alguém a ser “o engraçadinho”, ou força os personagens descreverem na cena o que está por vir. Perguntas não levam a nada. Ao trocar a pergunta: “Você poderia me passar essa caneta agora?” por: “Me dê esta caneta já”, você cria tensão e empurra a cena para ação. A pergunta atrasa esta ação e frequentemente cai em um jogo de perguntas, no qual a cena fica presa e não vai à lugar nenhum.
4. Os personagens devem sempre se conhecer a mais de cinco anos, nunca menos. Sim, vocês são melhores amigos desde que eram fetos!
Cenas de transição são dolorosas de assistir, e não há nenhuma possibilidade da audiência prestar atenção em tal cena. Já quando os personagens conviveram em muitas situações passadas, e tratam um ao outro como conhecidos, a coisa muda. A platéia gosta de ver esta relação que desperta interesse é envolvente. Quantas cenas relevantes podem ocorrer entre um garoto e um vendedor que acabaram de se conhecer? Muito poucas e muitas dessas idéias são encheção de lingüiça sem sentindo. Quando um conhece ao outro por cinco anos ou mais, naturalmente já existe uma base e uma história em comum na qual uma cena poderá ser construída.
Siga essas regras e a platéia acreditará que você é um gênio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário