terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Quatro regras básicas que você precisa saber para estar no paraíso do Impro


Quatro regras básicas que você precisa conhecer para estar no paraíso do Impro...

(Artigo retirado do site http://www.ouimprov.com/print_media.html)

Existem regras para tudo, e especialmente na vida, existem exceções para todas as coisas, e como eu digo a todos os jogadores que treino, cada regra que lhes apresento, pode ser eventualmente quebrada. MAS, dito isso, existem algumas regras que um improvisador deve seguir para garantir o sucesso de suas cenas todas às vezes. Mesmo sabendo que elas podem eventualmente ser quebradas, mantenha o espírito dessas regras sempre intacto em seu coração. Fazendo isto, eu prometo que suas cenas vão melhorar e apresentar resultados mais ricos

1. Sempre comece cada cena com mímicas. A primeira pessoa que entra em cena deve criar o ambiente através da mímica.

A mímica cria o ambiente e o contexto onde o personagem se insere. Ela diz se o personagem está com fome, sozinho, feliz, triste. Ela diz onde ele/ela está e de onde veio. Existem muitas coisas que você pode demonstrar, simplesmente abrindo uma porta de geladeira e tirando de dentro alguma lata ou qualquer outra coisa, o que nos leva à regra de número 2...

2. Não descreva com palavras a ação que vc está fazendo. Nunca, de jeito nenhum, nem que a vaca tussa!

Falar sobre a ação não conduz a lugar nenhum e não tem nenhuma importância para a cena em si. Você pode falar sobre o que está na sua mão, mas não precisa dizer a ninguém o que voce está fazendo. Deixe que os outros descubram através da sua mímica. Isso adiciona também uma maior complexidade às relações entre os atores no palco. Nunca diga a ninguém que vc está pintando uma cerca, apenas realize a ação. A platéia irá adorar perceber qual é a ação que está acontecendo em cena, sem ser tratada como um bando de idiotas. Faça-os parecerem gênios e eles o amarão.

3. Não pergunte. Transforme as perguntas em afirmações e leve a cena para frente.

Perguntas são desnecessárias e criam momentos de transição na cena. Perguntas sempre animam alguém a ser “o engraçadinho”, ou força os personagens descreverem na cena o que está por vir. Perguntas não levam a nada. Ao trocar a pergunta: “Você poderia me passar essa caneta agora?” por: “Me dê esta caneta já”, você cria tensão e empurra a cena para ação. A pergunta atrasa esta ação e frequentemente cai em um jogo de perguntas, no qual a cena fica presa e não vai à lugar nenhum.

4. Os personagens devem sempre se conhecer a mais de cinco anos, nunca menos. Sim, vocês são melhores amigos desde que eram fetos!

Cenas de transição são dolorosas de assistir, e não há nenhuma possibilidade da audiência prestar atenção em tal cena. Já quando os personagens conviveram em muitas situações passadas, e tratam um ao outro como conhecidos, a coisa muda. A platéia gosta de ver esta relação que desperta interesse é envolvente. Quantas cenas relevantes podem ocorrer entre um garoto e um vendedor que acabaram de se conhecer? Muito poucas e muitas dessas idéias são encheção de lingüiça sem sentindo. Quando um conhece ao outro por cinco anos ou mais, naturalmente já existe uma base e uma história em comum na qual uma cena poderá ser construída.

Siga essas regras e a platéia acreditará que você é um gênio.

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